Como continuidade da série de reportagens da parceria inédita entre Correio do Estado e Sistema Fiems sobre a importância do conceito ESG – enviromental, social and governance –, o qual envolve melhores práticas ambientais, sociais e de governança e como as empresas brasileiras estão inseridas nessa agenda, o diretor de Recursos Humanos, Sustentabilidade e Comunicação da Eldorado Brasil Celulose, Elcio Trajano Junior, demonstra como a indústria em que trabalha, que há mais de 10 anos atua em Mato Grosso do Sul, adotou ações que resultam em alta performance produtiva e que são destaque no mercado global, aliadas à sólida conduta de respeito ambiental.
“Cada etapa da produção de celulose precisa estar conectada com o ambiental, por meio de um manejo florestal adequado e do uso responsável dos recursos naturais, com responsabilidade social, com atenção às pautas que impactam nossa comunidade e com governança, por meio de gestão transparente. Essa combinação nos dá condições para executar um trabalho importante para o Brasil e, ao mesmo tempo, garante a perenidade do nosso negócio”, pontua.
Com mais de 260 mil hectares de florestas plantadas no Estado e mais de 116 mil hectares de áreas conservadas, a Eldorado comprova que a gestão com base em ESG traz resultados que influenciam a empresa, o mercado e a sociedade.
Sua conduta criou condições para que, em 2020, a companhia se tornasse signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), iniciativa que engaja empresas e organizações na adoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e que amplia ainda mais seu compromisso com o uso responsável dos recursos naturais e com o planeta.
SUSTENTABILIDADE COMPARTILHADA
A operação da Eldorado Brasil segue rígidos critérios ambientais para a produção de celulose de qualidade. Ou seja, para a entrega do produto final, toda a cadeia necessita estar alinhada. Um dos maiores resultados desse trabalho é o compromisso com a absorção de gases do efeito estufa da atmosfera.
Quando comparado o número de emissões de CO² versus a remoção do gás a partir das florestas, a empresa tem um saldo acumulado de 12 vezes mais carbono removido do que emitido para o mesmo período de tempo (10 anos), resultado extremamente positivo e que reforça o papel das florestas plantadas.
As áreas de cultivo e de conservação permitem também que inúmeras espécies se abriguem e se perpetuem. A Eldorado faz monitoramentos constantes de fauna e de flora e já identificou mais de 800 espécies de animais e de plantas em suas florestas, sendo mais de 20 ameaçadas de extinção.
Nessas áreas, os plantios são planejados para que possam conectar fragmentos da vegetação nativa com as áreas de conservação, formando verdadeiros corredores de biodiversidade, que servem de conectividade para o trânsito da fauna local e de propagação de espécies nativas da flora existente.
Utilizando alta tecnologia para monitorar focos de incêndios, a Eldorado Brasil reduziu em mais de 30% o número de áreas afetadas por queimadas no ano passado. A empresa também oferece treinamento de brigadista para colaboradores e disponibiliza um canal direto e um treinamento à comunidade, nesses casos em época de seca.
Um dos compromissos de sustentabilidade na Eldorado Brasil é a educação ambiental. Um time preparado atua em escolas e em assentamentos e participa de atividades em inúmeras instituições, com informações lúdicas e pedagógicas sobre o respeito ao meio ambiente.
Na fábrica, o processo produtivo tem circuitos fechados, que fazem a recuperação dos produtos químicos, retornando-os ao processo de produção da celulose. Ainda utilizando o conceito de economia circular, os principais resíduos gerados são transformados em subprodutos e comercializados, como o caso da lama de cal, do lodo biológico e das cinzas das caldeiras, que servem de corretivo de solo, por exemplo.
O consumo responsável dos recursos naturais, entre eles a água, serve de modelo ao setor. Devolve-se para o rio cerca de 85% de toda a água captada, em condições ambientais e atendendo à legislação. O restante segue como fator de umidade no produto, e uma pequena parcela volta ao meio ambiente no processo de evaporação.
ENERGIA VERDE
Ainda utilizando todo o ciclo de bioproduto, a Eldorado Brasil desenvolveu técnica pioneira de utilização de 100% da madeira do eucalipto para transformar em biomassa e gerar energia verde. Desde 2021, a Usina Termelétrica (UTE) Onça Pintada, instalada no complexo industrial, gerou 127 mil megawatts por hora (MWh) no primeiro ano de operação e tem capacidade para abastecer uma cidade de 700 mil habitantes.
Para produzir esse tipo de energia, a Eldorado utiliza a biomassa feita a partir da madeira de eucalipto não aproveitada na produção de celulose, o que configura o uso de 100% da matéria-prima, uma inovação no setor de celulose no mundo.
A planta de celulose também é autossuficiente na geração de energia de fontes renováveis para o próprio consumo, e seu excedente pode ser vendido ao mercado. A quantidade produzida de energia excedente vendida é próxima de 50 MWh. Isso dá à Eldorado condições para abastecer 1,4 milhão de pessoas com energia renovável, unindo operações da indústria e da UTE Onça Pintada.
CRESCIMENTO PARA TODOS
Investimentos frequentes em inovação e nas pessoas ajudam a explicar as razões de a companhia apresentar números tão surpreendentes. Um dos destaques do ano passado, por exemplo, foi a produção de celulose equivalente a 11 anos de operação da fábrica, mas atingida em apenas 10 anos.
Uma empresa do porte da Eldorado exerce grande influência nas regiões onde atua. Exemplo disso é a aplicação de mão de obra intensiva. Atualmente, a companhia emprega mais de 5,2 mil colaboradores próprios, algo que exige preparo técnico e suporte, por exemplo, para saúde, infraestrutura e educação.
Evidenciando seu impacto econômico regional, mais de 600 empresas são fornecedoras da Eldorado nas mais diversas frentes, sendo mais de 50% delas sul-mato-grossenses. Isso demonstra o compromisso da companhia em desenvolver renda e emprego na região, o mais importante polo de fabricação de celulose no Brasil.
“Manter o País na liderança de produção de celulose é uma grande responsabilidade, e Mato Grosso do Sul, por estar em posição estratégica nesse cenário, requer investimentos cada vez mais alinhados com toda a demanda que o mercado exige. A Eldorado, então, segue tendo a sustentabilidade como um direcionador para suas tomadas de decisão”, reforça o executivo.
Conteúdo original: https://correiodoestado.com.br/economia/diretor-da-eldorado-brasil-celulose-apresenta-resultados-obtidos-pela/415104/