A produção de celulose pela companhia somou 476 mil toneladas no período, alta de 14,4% ano a ano, enquanto as vendas cresceram 18,1%, para 482 mil toneladas.
A companhia também se beneficiou do preço médio da commodity 28% maior, o que fez sua receita líquida evoluir 45,3%, para 2,32 bilhões de reais.
Com isso, conseguiu compensar em parte uma disparada de 61,4% no custo caixa, para 933 reais por tonelada, devido principalmente a uma menor receita de energia, maior uso de madeira de terceiros, maior custo de transporte de madeira e elevação dos preços de insumos.
A Suzano, maior empresa no setor no país, divulgou no final de outubro alta anual de 21% no custo caixa de celulose do terceiro trimestre, para 894 reais por tonelada. A rival Klabin apurou alta de 51% no custo de produção da commodity no período, a 1.416 reais a tonelada.
“Além da sustentação da alta demanda por papeis sanitários e especiais, houve atrasos no início das operações de plantas que elevariam a produção de celulose. Com isso, configurou-se um quadro de expansão da demanda em meio a restrições de oferta, elevando preços”, afirmou a Eldorado em seu balanço.
O resultado operacional da Eldorado medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado avançou 33%, para 1,43 bilhão de reais. A margem Ebitda de 61,5% correspondeu a uma queda de 1,4 ponto percentual.
Mas a última linha do resultado foi beneficiada pela queda de 27% nas despesas financeiras, para 78 milhões de reais, refletindo a redução do endividamento. Além disso, a variação cambial teve uma pressão 76,9% menor do que um ano antes.
A Eldorado fechou setembro com alavancagem financeira medida pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado de 0,84 vez em reais, contra 1,74 vez um ano antes.